Capítulo 9 Um Aviso para Anthony
Howard soltou um longo suspiro, seus olhos fechados, e afrouxou seu aperto. Yvonne desabou no chão com um baque pesado.
"Quinnie, leve Bianca e venha comigo. Vou garantir que a cicatriz em seu rosto seja curada. Quero que sua beleza retorne," disse Howard enquanto se virava, colocando suavemente as mãos nos ombros de Quinn e falando suavemente.
Quinn travou os olhos com Howard, momentaneamente atordoada pela determinação inabalável em seu olhar.
"Não... não pode ser consertado mais. Não há necessidade," ela virou rapidamente a cabeça, se libertando de seu agarre.
De uma curta distância, Anthony cambaleou, segurando o abdômen, seu rosto torcido de malícia.
"Nem pense em consertar aquela aberração feia! Mesmo que você tivesse um milhão de dólares, eu garantiria que o Tio Gavin falasse com o Sr. Mercer para negar qualquer chance de tratamento para você," ele zombou cruelmente.
Ouvindo o nome de Gavin Vaughn, Howard franziu a testa e se virou para Anthony. "Quem é o Sr. Mercer? Ele pode curar a cicatriz de Quinnie?"
Anthony hesitou. Ele tinha a intenção de atacar, mas engoliu suas palavras quando viu o olhar penetrante de Howard.
"A única pessoa em Yorkhaven que pode tratar o rosto dela é o Sr. Mercer do Centro Médico Pinecrest. Mas nem sonhe com isso. Mesmo com um milhão de dólares, é impossível," ele respondeu com raiva.
Howard sorriu. Um milhão de dólares não era nada para ele.
Quinn inicialmente resistiu a sair com Howard. Sua mãe e irmão acabavam de ser espancados, e ela se sentia relutante. Mas quando Bianca tomou a iniciativa de segurar a mão de Howard, ela não teve escolha a não ser seguir.
Ao chegarem à porta da sala de estar, Howard virou a cabeça e olhou para Anthony. "Por ter respondido minha pergunta, te darei três dias para sair desta casa. Depois de três dias, voltarei para reivindicá-la."
O rosto de Anthony se contorceu de raiva. "Esta casa está em meu nome agora! Em três dias, será o dia do meu casamento. Se você ousar atrapalhar, farei com que matem aquelas duas mulheres e você!"
Ouvindo isso, Howard riu levemente. "Tudo bem então. Com certeza irei te parabenizar."
Assistindo Howard sair com Quinn e Bianca, Yvonne, que mal se recuperara, gritou: "Anthony! Rápido, ligue para Gavin e o traga aqui imediatamente!"
"Yvonne, acho que esse homem realmente é Howard. Não devemos envolver Gavin neste assunto—"
York tentou interromper Yvonne, mas foi interrompido pela metade por ela. "Cale a boca! Aquele bastardo Howard está morto há muito tempo! Isso deve ser algum homem que Quinn seduziu para se vingar de nós!"
"Essa vagabunda! Ela nem poupou sua própria mãe! Ela... ela é tão implacável!" Yvonne rangeu os dentes com fúria.
York franziu a testa, ficando em silêncio. Ele não podia negar que Gavin havia desempenhado um papel significativo em enquadrar Howard sete anos atrás, garantindo sua rápida condenação.
Após fazer a ligação, Anthony voltou e sussurrou urgentemente: "Mãe, o Tio Gavin disse que Howard foi definitivamente executado. Não há como ele estar vivo."
Do outro lado, Howard e Quinn, junto com Bianca, haviam chegado ao portão do bairro.
Sinalizando um táxi, Howard instruiu o motorista: "Nos leve ao Hotel Empire."
O motorista hesitou por um momento, olhando para a família de três pessoas. Aquele hotel estava entre os mais luxuosos de Yorkhaven.
Dentro de uma das suítes opulentas do hotel, já era quase 22h. Quinn, depois do jantar, levou Bianca para o quarto secundário, enquanto Howard se sentava no sofá da sala de estar, fumando um cigarro.
Pouco depois, Quinn saiu, agora vestida com um roupão rosa claro. Seu cabelo úmido caía suavemente atrás dos ombros, sua pele clara brilhando levemente. O roupão não conseguia esconder sua figura quase perfeita, embora a cicatriz em seu rosto roubasse um pouco de sua antiga confiança, impedindo-a de encontrar os olhos de Howard.
Ela caminhou até a extremidade oposta do sofá, sentando-se rigidamente e ereta, seu corpo tenso. Encarando a televisão, ela perguntou friamente: "Quem exatamente você é? Ou melhor, qual é o seu propósito em se aproximar de mim e Bianca?"
Howard notou sua expressão guardada e exalou uma baforada de fumaça, sua cabeça latejando levemente.
Nesse momento, as notícias na televisão exibiram um relatório sobre uma rebelião na prisão no exterior. A inspiração o atingiu e ele sorriu.
"Está bem, você me pegou. Eu era colega de cela do Howard. Éramos amigos."
Quinn olhou para ele com ceticismo, os lábios franzidos enquanto ela ponderava sobre suas palavras. Finalmente, ela perguntou entre dentes, "Como você pode provar que seu relacionamento com Howard era próximo?"
Depois de um momento de contemplação, Howard apagou o cigarro e se inclinou para a frente, falando em voz baixa, "Ele me disse que você gostava de estar por cima..."
"O quê? Por cima de quê?" perguntou Quinn.
"Você sabe, à noite, no quarto quando..." Howard sorriu brincalhão.
A compreensão atingiu Quinn e seu rosto ficou escarlate. Ela soltou um grito envergonhado, lançou-lhe um olhar furioso e fugiu do quarto às pressas.
Na manhã seguinte, depois de um café da manhã farto, os três saíram do hotel.
Na entrada estava estacionado um Maybach preto novinho em folha, com a porta aberta. De lá saiu um homem corpulento com um pirulito na boca.
"Senhor!" cumprimentou o homem corpulento Howard.
Vendo Quinn e Bianca ao lado de Howard, ele congelou brevemente. Então um largo sorriso se espalhou por seu rosto enquanto ele se curvava levemente. "Bom dia, Sra. Salvator!"