Capítulo 9 Morando juntos temporariamente
Depois de sair do Grupo Hensea, Carol não voltou para a propriedade dos Lawford. Em vez disso, procurou pelo celular um apartamento para alugar na cidade.
Tinha fugido com o motorista da família da amiga, mas estava com muito medo de morar na propriedade deles. Não queria correr o risco de encontrar o grande patriarca e precisar se explicar. Era melhor evitar por completo uma situação assim.
Sua mãe tinha caído em estado vegetativo após um trágico acidente ocorrido algum tempo atrás. Recebia cuidados médicos em um hospital particular em Dystron, o que saía caro.
Para pagar tudo, a moça lutava criando murais para outras pessoas. Se conseguisse economizar, poderia ter renda extra.
Sempre foi cautelosa com os gastos, usando cada centavo sabiamente.
Depois de sanar as dívidas do tratamento da mãe deste mês, sobrou pouco dinheiro. Precisava ser cuidadosa na escolha de um lugar.
Navegou por várias opções de aluguel e finalmente optou por um apartamento que oferecia um sistema de transporte público conveniente e acessível, apesar de localizado longe do centro da cidade.
Carol inspecionou a casa e a área ao redor, então pagou um depósito equivalente a um mês de aluguel, mais três adiantados para garantir o lugar. Estava satisfeita com a decisão.
De repente, lembrou que precisava contatar o marido.
Percebeu que não tinha seu número de telefone. Embora legalmente casados, ainda eram estranhos e não tinham nenhuma informação de contato um do outro.
Além disso, a bagagem ainda estava na vila dos Lawford. Só lhe restava ir lá primeiro para pegar as coisas.
Bianca recebeu-a sorrindo, e disse brincando: “Está planejando se mudar para a casa do cara que eu te apresentei? Que notícia maravilhosa!”
Era fascinada pela vida amorosa do irmão. Não conseguia parar de sorrir ao pensar nisso.
Estava tão empolgada para testemunhar as interações diárias entre Jonas e a amiga de perto!
Quando viu seus olhos brilhantes, Carol perguntou a si mesma se a ‘cunhada’ não estava excessivamente empolgada.
Pensou se o casamento verdadeiro não era, na verdade, deliberado.
“Não, morar aqui não é conveniente para mim.”
“Por que não? Minha casa é sua casa!”
“Aqui não parece adequado para eu morar. Provavelmente é melhor não”, recusava firmemente.
Bianca acreditava que o relacionamento progrediria mais rápido se a amiga morasse ali com seu irmão. Mas não se opôs àquela decisão final.
“Bem, se você quer se mudar, tudo bem. Apenas me avise seu endereço, e eu vou te visitar depois. Ah! Arrumei sua mala, pode levá-la de uma vez.”
Enquanto deixava a propriedade dos Lawford, os pensamentos da moça se fixaram em Jonas.
Carol pediu à amiga os dados de contato do marido antes de sair. Em seguida, ligou para o número de seu celular.
Uma voz mecânica apareceu após a conexão da chamada: “O número que você ligou está atualmente indisponível. Por favor, tente novamente mais tarde…”
Franziu ligeiramente a testa e encerrou a chamada.
Como ele ainda devia estar ocupado com o trabalho, decidiu se mudar primeiro.
Depois de transferir todos os seus pertences para um táxi, ela rediscou o número, apenas para ouvir a mesma mensagem.
Realmente está em uma chamada há duas horas?
Não parecia ser alguém que passaria horas no telefone.
Bem, não precisava de muita interação com um estranho de qualquer forma. Tudo o que precisava era que ele a acompanhasse na festa de noivado.
Decidiu esquecê-lo e seguir em frente.
Precisou subir vários lances de escada para chegar ao imóvel alugado, que ficava num andar alto. Como o táxi não podia chegar até o prédio, teve que sair do veículo no cruzamento e carregar a mala escadaria acima.
Lutou o trajeto todo para carregar aquele peso. Já estava sem fôlego e suando depois de apenas alguns passos.
O Rolls-Royce de Jonas passou pelos semáforos próximos.
Hugo o lembrou: “Senhor, é a Srta. Willick.”