Capítulo 6 a festa

LUA Horas depois... Meu irmão me fez usar um vestido, que comprou para mim a um tempo e só me entregou agora, ele estava com vergonha de me dar o vestido no passado, mas agora foi uma boa oportunidade para me dar. Eu agradeço sem graça e segurei o tal vestido, tenho que usar porque pessoas de boates usam isso, bem, se ele diz, deve ser verdade, mas me sinto estranha. O vestido é azul escuro, ainda bem que não é tão curto, bate nos joelhos, também não é tão colado, mas como ganhei corpo, meus seios marcaram um pouco o vestido e meu bumbum também está bem-marcado, mas ainda bem que esse vestido não é decotado. Faço uma careta me olhando, então vejo Bia chegando, ela me elogia e diz: — Vou te ajudar, vou fazer uma maquiagem bem leve e arrumar seu cabelo, posso? Eu dou de ombros. — Bom, não tenho escolha, pelo menos hoje farei isso. Ela então vem com uma bolsinha cheia de coisas dentro, deve ser algo para fazer essa tal de maquiagem. Não demora muito e ela me arruma toda, passou um batom rosa em meus lábios carnudos, algo em meus olhos e em meus cílios, pareço até uma nova mulher, estou bem bonita mesmo. Nunca passei isso em toda a minha vida. Olho para mim nesse vestido lindo, essa maquiagem que me deixou mais feminina e meu cabelo. Ela disse que fez uma trança em mim, fiquei bem bonita. Ainda bem que no banho depilei minhas pernas e meu sovaco. Detesto pelos, sorrio ao pensar nisso. Suspiro fundo e digo a Bia. — Você teria um suéter, por favor? Eu sou bem frienta. Minto para ela, não posso falar que estou desconfortável vendo que meus seios estão colados nesse vestido. Ela então pega um suéter que estava em uma sacola e me entrega, ele é preto. Pego de suas mãos e o coloco. — Obrigada por tudo. Fiquei muito bonita com sua ajuda. Ela sorri em resposta. — Por nada, se divirta, seu irmão comprou o suéter também, parece que ele te conhece bem. Bom, vamos. Eu assinto e a sigo até a sala. Meu irmão está nos esperando. Ele está usando calças jeans bem chique,, uma blusa preta de mangas compridas, ele ficou lindo realmente. Ele me olha e sua boca se abre de surpresa. — Uauu, você está uma arraso irmã, super gata… enfim, vamos. Meu irmão segura meu braço e me leva com ele até o táxi que nos espera lá fora. Assim que chegamos na tal da boate, alguns homens ficam me olhando, fico envergonhada, mas meu irmão segura minha mão e me leva para longe deles. Está bancando o protetor, seguro meu riso para que ele não perceba. O som está bastante alto, é um som bem legal. Vejo luzes de várias cores e muitos adolescentes dançando e beijando uns aos outros, essa parte é meio nojenta. Meu irmão começa a dançar e tento lhe imitar. Ficamos ali por um tempo curtindo a música. É até legal, admito. Depois fomos pedir bebidas, ele pediu algo que não conheço e eu somente uma água com gás. Meu irmão pede mais da bebida e fica todo alegre. Fico olhando para ele pensativa, parece estar se divertindo muito. Assim que avisto uma loira linda vindo até nós, ela diz baixinho. — Posso roubar seu irmão por um momento? Como ela sabe que somos irmãos? Está nítido isso? Ou ela o conhece? Fico olhando sem entender. Meu irmão diz: — Vou me sentar ali com ela, naquela mesa ali, logo volto, ok? Ele pisca para mim e beija minha bochecha. Eu apenas assinto e vejo os dois indo se sentar. Eles querem privacidade, não custa nada, né? Eu peço mais água com gás e me sento em uma mesa sozinha. Fico olhando para meu irmão que está conversando com a moça, ele está acariciando sua mão… eles parecem mais que amigos. Que safadinho. Bebo mais da minha bebida e vejo dois homens, conheço seus rostos. É Júnior e Edmon. Eles estão bem bonitos. Júnior parece que está usando quase a mesma roupa de Leandro, já Edmon usa calça jeans preta, e uma jaqueta de couro preta, ele está… lindo. Seus cabelos parecem um pouco bagunçados. Isso o deixa sexy, admito. Júnior escolhe uma mesa com várias garotas e se senta, Edmon fica em pé atrás de seu irmão, olhando para os lados, parece procurando por alguém, deve estar como meu irmão, querendo uma companhia feminina. Reviro os olhos e vejo um homem loiro me olhando, ele sorri e vem até mim. — Oi, está sozinha? Eu concordo e ele diz: — Posso me sentar? Eu olho para Edmon que encontra meu olhar, ele fala algo no ouvido de Júnior e começa a caminhar até mim. Meu coração acelera, sinto um choque por todo meu corpo, ele não desgruda seu olhar do meu… — Moça? Eu olho viro meu rosto para o loiro e digo sem graça: — Oi? Sim? Ele ri baixo. — O som está alto, né? Perguntei se poderia me sentar com você. Eu sorrio de nervoso e digo: — Bom, eu preciso ir ao banheiro agora, se é que me entende, fica para uma próxima, foi um prazer. Me levanto e me viro rapidamente, e dou de cara com Edmon, quase trombamos. Ele fica surpreso ao me olhar, e sorri de canto. — Olá. Eu digo com vergonha. — Oi. Olho para os lados procurando o banheiro, onde deve estar? Preciso me afastar desse homem. — O que procura? Edmon me pergunta, curioso acompanhando meu olhar. Olho para ele, me estico para dizer perto do seu rosto. — Preciso ir ao banheiro. Ele sorri baixo, assente com a cabeça e olha bem nos meus olhos, de um jeito que me deixa sem graça. — Sei onde é, vem. Fico com vergonha e ele insiste. — Vamos? Ele estende seu braço e sem hesitar eu pego, ele me guia até o banheiro. Ele é bem mais alto que eu, devo bater em seu peitoral. Fico sem graça e olho para ele, que continua sério ao andar. Chegamos a um corredor e ele desce seus braços. Solto ele e Edmon diz. — A direita banheiro feminino, a esquerda; masculino. Espero você aqui — digo agradecida: — Não precisa, você pode se divertir. Ele diz dando de ombros. — Hoje não estou a fim de me divertir. Pode ir, eu espero. Sorrio para ele e entro no banheiro feminino. Faço minhas necessidades e depois lavo bem as mãos, fico olhando no espelho e penso comigo: respira, calma… não é tão mal ficar perto desse cara, mas admito que nossos encontros são bem estranhos. Tento tirar isso da cabeça e volto para o corredor. Edmon está encostado na parede com os braços cruzados.