Capítulo 7 Coma

A mulher do outro lado da linha bufa por ter que ensinar Cleber a fazer o seu trabalho. — Pegue a bolsa com os documentos dela, não deixe vestígio de quem se trata. A idiota foi parar longe, tão previsível. Aí ninguém conhece a senhora arrogante. Será enterrada como desconhecida. — Ok, senhora. Mais alguma coisa? — Não! O dinheiro foi transferido para sua conta. Já pode sumir do mapa. Se eu te ver, tenha certeza de que você será um homem morto. — Com essas palavras, a voz feminina do outro lado desliga o celular. Quando Cleber ameaça ir embora, percebe que Alexia começa a se mexer. Ele pega o celular e liga para a mandante do crime. — Senhora, ela ainda está viva. Nem o diabo quer essa mulher. O que eu faço? — Não se fazem assassinos como antigamente. Termine o serviço, seu inútil! — A voz feminina, alterada, fala do outro lado da linha, desligando com raiva o celular. Quando Cleber vai terminar o que começou, ele ouve barulho de carro se aproximando. Apavorado, ele acelera e se esconde, levando os documentos do carro e os de Alexia, deixando apenas o chaveiro que Laila havia lhe dado, enrolado em suas mãos. Benício acorda tentando levantar a cabeça, mas consegue somente virar o rosto para olhá-la. — Moça... — Com dificuldades, Benício estica o braço para tocá-la, mas tudo que consegue é fazer força para segurar sua mão. Gemendo de dor, ele entrelaça os dedos nos dela e desmaia logo em seguida. Alguns segundos se passam e ela sente uma dor intensa na barriga. Tomando fôlego, ela começa a balançar a cabeça de um lado para o outro. Alexia tenta se mexer e consegue ver que não está sozinha. Chama ele sem parar, mas uma forte dor na cabeça a faz também desmaiou. Uns rapazes que passavam pela estrada veem o carro saindo fumaça. Os dois jovens correm para tirá-los de lá. — Júlio, me ajuda, ela está sangrando muito. — Frederico pega ela no colo e, com a ajuda do seu irmão, coloca ela no carro. Logo vai ajudar a pegar Benício, que não tinha sinal de que estava vivo. — Ahhh. — Alexia geme de dor. Eles tentam falar com ela, mas é inútil. A batida foi forte, ela não consegue se manter acordada. Nos poucos segundos em que ela fica lúcida, ela chama por seu pai. — Paiiii... por favor, não me deixe sozinha... Ahhh, meu filho. — Gritando por ajuda, ela volta a desmaiar. — Fred, acelera. Essa mulher vai ter o filho aqui. O rapaz, acho que morreu... No pequeno hospital, os médicos atendem Benício e Alexia. Horas e horas sem notícias. Júlio e Fred não saíram da recepção. Mesmo sem conhecer os dois, eles queriam ter a certeza de que eles irão ficar bem. Com o fim da cirurgia, o médico vai dar a notícia que eles não esperavam ouvir. — Doutor, como o rapaz está? Consegui entrar em contato com a família dele, mas a namorada dele, eu não encontrei nada. Somente esse chaveiro que ela deixou cair. — Ele entrega para o médico, que dá para a enfermeira colocar no quarto quando ela acordar. — Bom, pelo menos sabemos que o nome dela é Alexia. O senhor Nicolai infelizmente entrou em coma, devido à forte batida na cabeça. Ele não responde aos nossos estímulos. — Como assim o meu filho está em coma? — Vanusa Nicolai interrompe a explicação do médico, preocupada com o estado do filho. — Como pode isso? Ele ligou do aeroporto dizendo que estava bem, e agora está em coma? — Sinto muito, senhora. Tentamos acordá-lo, mas nada faz com que ele responda. — O médico fala pausadamente, pois sabe que uma notícia dessas é complicada de se receber. — E a namorada dele? — pergunta Fred preocupado. — E o bebê, conseguiram salvar? — Bebê? Do que está falando, rapaz? — Ela está sedada, aparentemente bem. Só saberemos ao certo depois que ela acordar. — Tá! Mas conseguiram salvar a criança? — Júlio pergunta preocupado. — Infelizmente... ele faleceu... ela perdeu muito sangue e não havia completado o tempo certo, que são os 9 meses de gestação. Sinto muito. — O médico fala de cabeça baixa, sem encarar os olhos deles. Horas antes... — Acabou de entrar uma moça grávida que sofreu um acidente. Quero saber como está o bebê e ela. — O homem com o rosto misterioso e frio fala ao encontrar o médico. — O senhor é da família? — Sou irmão dela. — Cleber mente para conseguir as informações. — Ah, que bom. Ela está sedada. A batida na cabeça foi muito forte, mas por sorte ela está aparentemente bem. O menino se salvou, está fazendo os exames e terá que ficar na incubadora até completar os 9 meses. — Fala o médico aliviado por saber que conseguiu salvar a criança mesmo com as complicações do parto. — Quanto quer para dar esse bastardo como morto? E entregar ele para mim, agora! — Cleber fala friamente, levantando um pouco a camisa preta, deixando à mostra sua arma. O médico dá um passo para trás, assustado com a situação. — Vamos lá, dê o seu preço. Todo mundo tem um preço. Você só tem que me entregar a criança, e ninguém sairá machucado. E ainda por cima, receberá uma bela grana para ficar um bom tempo da sua medíocre vida, sem trabalhar.— Segurando a arma e com um olhar ameaçador e intimidador, ele consegue convencer o médico. — O que vai fazer com a criança? — Isso não interessa a você. Estou sendo bonzinho, doutor Fagner. Não quero ter seu sangue nas minhas mãos. — 5 milhões. — Cleber dá um sorriso vitorioso para o médico à sua frente. Ele liga para sua senhora e passa o valor. Em segundos, Fagner recebe uma notificação com o depósito de 10 milhões feito em sua conta. Ao ver o valor, os olhos de Fagner brilham. — Por aqui! — Caminhando com medo de ser descoberto, ele leva Cleber até o fundo, mostra a saída de emergência para ele. No caminho, a enfermeira entrega o bebê para Cleber, acreditando que realmente era o tio da criança, e sai, deixando somente com o médico. — Rápido, esse corredor não tem câmeras. — Se você der uma pista de que esse bastardo nasceu vivo, eu venho aqui e tiro sua cabeça com as mãos. — Fagner treme dos pés à cabeça. Ele vê Cleber saindo com o pequeno Isaac nos braços. Tempos atuais. No corredor, estão todos da família de Benício. Eles estão preocupados, mas ao mesmo tempo curiosos para saber quem é a namorada dele. Vanusa está nervosa por saber que sua nora não acorda e que acabou de perder um neto. — Ela acordou. — Diz a enfermeira, chamando a atenção da família de Benício. — Que bom, vou entrar para conhecê-la. — Vanusa entra em silêncio, se depara com uma linda mulher. Seus olhos azuis arregalados a olhavam assustada. A mãe de Benício senta na cadeira ao lado da cama e segura sua mão. — Oi... — Ela fala com um leve sorriso. — Não nos conhecemos, eu sou Vanusa, mãe do Benício, seu namorado! — Alexia estreita os olhos sem entender de quem ela estava falando. — Alexia, né? De onde você é? Como se chamam seus pais? — Vanusa pergunta, tentando conhecê-la. — Você não fala? Está sentindo alguma dor, por isso não responde? — Eu... eu acho que não sei quem sou.
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Conteúdos
Capítulo 1 Conhecendo a personagem Capítulo 2 Não tenho tempo a perder Capítulo 3 Chegou dar medo Capítulo 4 Traição Capítulo 5 Perdida num lugar desconhecido Capítulo 6 Você de novo? Capítulo 7 Coma Capítulo 8 Por sua culpa Capítulo 9 Case-se com ele Capítulo 10 Esperança do despertar Capítulo 11 Mãe da Alexia Capítulo 12 Ela esta morta appCapítulo 13 O odio é o que me alimenta appCapítulo 14 Quem é você? appCapítulo 15 Eu te amo appCapítulo 16 Eu vou te destruir, impostora appCapítulo 17 Ela não faria isso comigo appCapítulo 18 Por quê você me deixa assim? appCapítulo 19 Incertezas do coração appCapítulo 20 Sentimentos conflitantes appCapítulo 21 A foto do caos appCapítulo 22 A festa appCapítulo 23 Ciúmes descontrolado appCapítulo 24 Não me deixe sozinha appCapítulo 25 O acaso nos uniu appCapítulo 26 Nao queremos problemas appCapítulo 27 Seu irresponsável appCapítulo 28 Se entregando a paixão appCapítulo 29 Nao vale a pena lembrar appCapítulo 30 Você sentiu algo estranho? appCapítulo 31 Alexia? appCapítulo 32 Adeus, querida appCapítulo 33 Um dia inesquecível em Paris appCapítulo 34 Então é verdade appCapítulo 35 Você está me chantageando? appCapítulo 36 Decepção appCapítulo 37 Nao consigo, não agora appCapítulo 38 O plano perfeito appCapítulo 39 Por favor, nao me esqueça appCapítulo 40 Presa appCapítulo 41 Eu nao posso te perder appCapítulo 42 Está me deixando preocupado appCapítulo 43 Testemunha appCapítulo 44 O que é isso? appCapítulo 45 Memórias appCapítulo 46 De volta para a realidade appCapítulo 47 Pode ser perigoso appCapítulo 48 Sua mãe biológica appCapítulo 49 Eu estou de volta appCapítulo 50 Como é bom te ter de volta appCapítulo 51 Tanta coisa aconteceu appCapítulo 52 Estava com saudades appCapítulo 53 O que ela fez appCapítulo 54 Nunca houve um corpo appCapítulo 55 Va embora appCapítulo 56 O que você fez Haydée? appCapítulo 57 Queria tanto te ver appCapítulo 58 So para não esquecer appCapítulo 59 Boa garota appCapítulo 60 Chega de brincar de se esconder appCapítulo 61 Revelações obscuras appCapítulo 62 Quanto tempo appCapítulo 63 Vão atrás dele appCapítulo 64 Eu faço qualquer coisa appCapítulo 65 Não, não pode ser appCapítulo 66 Fim da linha appCapítulo 67 Fica aqui comigo appCapítulo 68 Será que eles estão bem? appCapítulo 69 Perdoar é preciso appCapítulo 70 Vim te buscar appCapítulo 71 Que tristeza appCapítulo 72 Eu não vou deixar appCapítulo 73 Vivendo a verdadeira felicidade app
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