Capítulo 3 Um Encontro Fatal
Uma luz dourada piscava no peito de Dwayne enquanto uma torrente de conhecimento invadia sua mente.
Quando ele recobrou a consciência, encontrou-se ainda deitado no beco.
O velho estava ao seu lado, assustando Dwayne. Enquanto ele se levantava apressadamente, percebeu que suas mãos estavam completamente curadas.
"Rapaz, você desistiu de um lugar, mas acabou com a Mão de Yama e o Cofre Cósmico. Você realmente acertou na loteria," o velho riu, mostrando um sorriso com dentes enegrecidos.
Dwayne tocou suas mãos e perguntou incrédulo, "Então... não foi um sonho? Você... é um deus?"
O sorriso do velho desapareceu e ele disse seriamente, "Jovem, você deveria acreditar na ciência."
Com isso, seu corpo brilhou com uma luz dourada e voou para o céu.
Ainda atordoado, Dwayne voltou, sua mente uma confusão de pensamentos que ele não conseguia desembaraçar completamente.
A Mão de Yama, como o nome sugeria, tinha o poder de controlar a vida e a morte. Sua mão esquerda concedia vida, enquanto sua mão direita podia julgar a morte. Com um simples gesto, ele poderia exercer influência sobre o destino mortal.
Quanto ao Cofre Cósmico, era uma técnica interna que apoiava as habilidades da Mão de Yama.
Havia outras funções também, mas ele precisaria explorá-las e descobri-las ao longo do tempo.
Enquanto caminhava, ele praticava e testava timidamente seus novos poderes.
Em sua mente, seus meridianos internos apareciam como um holograma, e ele podia sentir a energia percorrendo seu corpo, trazendo uma sensação indescritível de vitalidade.
Depois de completar um ciclo completo, Dwayne olhou para cima, sua boca se abrindo em choque como se tivesse acabado de ver um fantasma.
Hospital Firstville.
Dwayne rapidamente verificou a hora em seu telefone, percebendo que apenas meia hora havia passado.
Em apenas trinta minutos, de alguma forma ele havia chegado dos subúrbios, a mais de dez quilômetros de distância, até a entrada do hospital.
"Pai, por favor... eu te imploro, volte para o hospital. Os médicos disseram que se você não receber tratamento agora, será tarde demais."
Perto do lago do hospital, uma bela jovem implorava com lágrimas nos olhos a um homem idoso em uma cadeira de rodas.
Vários seguranças de terno preto estavam próximos, seus olhos cheios de tristeza.
Olhando para o céu crepuscular, o homem idoso disse, "Selina, tenho suportado mais do que posso aguentar nos últimos seis meses. É hora de uma partida pacífica."
"Não, eu já entrei em contato com o renomado médico em Imperium, Dr. Sean Wilson. Ele deve ter um jeito de te curar!"
"Bem, talvez ele pudesse me salvar há meio ano, mas agora..." O homem idoso tossiu violentamente, sangue escorrendo do canto de sua boca enquanto seus olhos sem brilho perdiam o foco. Ele olhou em direção ao sol poente, dando seu último suspiro.
"Pai!" Os belos olhos de Selina Yorm se encheram de tristeza.
Os seguranças de terno preto caíram de joelhos, contendo as lágrimas enquanto gritavam em uníssono, "Adeus, Velho Sr. Yorm!"
O ambiente estava carregado de tristeza, e até mesmo alguns espectadores que não sabiam o que estava acontecendo sentiam seu peso.
Nesse momento, uma voz inoportuna cortou o silêncio. "Ei, acho que pode haver esperança para ele."
Dwayne se aproximou cautelosamente, uma voz interior o instigando a avançar, convencido de que poderia salvar o velho.
Os seguranças imediatamente se aproximaram para bloqueá-lo.
Dwayne explicou, "Ele não se foi completamente. Talvez eu consiga trazê-lo de volta."
Uma voz fria e ameaçadora veio do homem bonito ao seu lado. "De onde surgiu esse vira-lata, ousando profanar o corpo do Velho Sr. Yorm? Arrastem-no e rasguem sua boca!"
"Sim, senhor!" Os seguranças avançaram para agarrar Dwayne.
"Spencer, não seja duro com ele," Selina disse, enxugando suas lágrimas.
Seu pai sempre desprezou aqueles que usavam o poder para intimidar os outros. Ela não queria que uma cena dessas acontecesse na frente dele logo após sua passagem.
Dwayne suspirou. Ele não tinha planejado se envolver, mas as informações que surgiram em sua mente eram difíceis de ignorar.
Além disso, ele queria testar se suas suspeitas estavam corretas.
Se ele realmente pudesse controlar a vida e a morte, então ele teria um jeito de salvar a Claire.
Dwayne olhou para o homem idoso na cadeira de rodas e disse calmamente: "Ele teve um ataque cardíaco em março passado, uma fratura no crânio em maio, ficou acamado em julho, incapaz de comer em outubro e incapaz de beber desde a semana passada. Seu coração e órgãos todos falharam."
Lágrimas brilhavam nos olhos de Selina enquanto ela encarava Dwayne, com descrença estampada em seu rosto.
Até Spencer Maguire ficou atordoado.
Dwayne havia listado cada um dos sintomas do velho Sr. Yorm com ainda mais detalhes do que os médicos.
Quando terminou, Dwayne se virou para Selina. "Quão preciso eu fui?"
"Completamente", ela sussurrou, um lampejo de esperança aparecendo em seus olhos. Ela se aproximou dele, sua voz tremendo. "Senhor, você realmente tem um jeito de salvar meu pai?"
Dwayne olhou para Selina, seu rosto marcado por lágrimas evocando fragilidade e beleza. O sol poente lançava um brilho quente em seus cabelos vermelho-vinho, revelando sutilmente seu pescoço branco como a neve, exalando um charme feminino tranquilo e irresistível.
Selina era deslumbrante.
Na memória de Dwayne, apenas sua esposa nominal, Evelyn Lynn, poderia se comparar a ela.
Spencer interrompeu rapidamente. "Selina, você está deixando a dor nublar seu julgamento. Nem mesmo o Dr. Parkson, o renomado especialista médico e chefe da associação médica do estado, pôde ajudar o velho Sr. Yorm. Como algum desconhecido poderia realizar um milagre? Não se deixe enganar."
"Se houver mesmo uma chance de salvar meu pai, eu arriscaria ser enganada mil vezes."
O olhar de Selina estava cheio de súplica enquanto ela olhava para Dwayne. "Você disse que poderia salvar meu pai. Você estava falando sério?"
Dwayne pressionou os lábios, sem dizer nada.
Selina se ajoelhou diante de Dwayne. "Se você puder trazer meu pai de volta, a família Yorm estará eternamente em sua dívida, e eu... eu faria qualquer coisa por você."
Dwayne rapidamente a ajudou a se levantar. "Eu entendo a dor de perder alguém amado. Por favor, não me entenda mal. Não estou recusando ajudar. Apenas não sei com certeza se consigo salvá-lo."
Spencer zombou. "Sua artimanha é patética. Selina, eu apostaria qualquer coisa que esse cara é um vigarista que se aproveita das pessoas ao redor de hospitais."
Dwayne se irritou com o comentário. "Eu posso precisar de dinheiro, mas nunca me rebaixaria a explorar os doentes e desesperados."