Capítulo 4 Confronto
Olympia avançou furiosamente, o peito arfando de raiva. Ela levantou a mão bem alto, mirando o rosto de Charmaine.
Mas Charmaine não recuou. Ela levantou a mão e pegou a de Olympia no ar, impedindo seu golpe.
Olympia ficou atônita, claramente não esperava que Charmaine ousasse revidar. Sua postura usual refinada e digna vacilou, revelando sua raiva.
"Você desgraçada! Eu deveria saber! Você sempre nutriu ciúmes e consistentemente mirou em Leah. Você deve ter vindo para a festa de aniversário de Leah com más intenções. Mas causar problemas uma vez não foi o suficiente para você, não é mesmo? Você foi a extremos tão grandes para realizar tal ato hediondo e trazer vergonha sobre todos nós!"
A risada fria de Charmaine ecoou em resposta.
Ciúmes?
O que Leah tinha que valia a pena ter ciúmes?
Seus olhos escureceram. Charmaine apertou sua pegada, empurrando Olympia para longe.
A uma vez composta Olympia recuou vários passos. Se não fosse por Leah a apoiando, Olympia certamente teria caído e se envergonhado ainda mais.
Leah balançou a cabeça. Sua expressão estava cheia de decepção e tristeza enquanto olhava para Charmaine. "Chara, Mamãe se importa com você; é por isso que ela está agindo assim. Como você pôde empurrá-la?”
Ela mordeu o lábio, lágrimas se agarrando aos cantos dos olhos. Sua voz tremia de tristeza ao dizer, "Eu sei que você sempre me odiou. Se sair fará todos mais felizes, então nunca mais me mostrarei para você, Mamãe, Papai, ou irmãos.”
Vendo a cena se desenrolar, alguns convidados restantes — que ainda não tinham sido pedidos para sair pelos Nelsons — arfaram.
"Ela até colocou as mãos em sua própria mãe — que ingratidão! E olhe para a Srta. Leah, tão gentil, compreensiva e graciosa. É assim que uma verdadeira educação parece. Claro, é porque a Sra. Nelson a criou pessoalmente — ela não pode ser comparada a alguma criança pega nas ruas.”
"Ouvi dizer que ela se comportava da mesma forma quando estava com os Reads. Não podia ser controlada de jeito nenhum, e até abandonou a escola para fugir com algum bandido.”
"É verdade, é verdade. Ouvi isso também. Ela fugiu para South Aspus. Se os Nelsons não tivessem ido procurá-la, quem sabe se a teriam encontrado de novo? Aquele lugar é uma bagunça. Não tem como ela ter voltado limpa.”
"Meu Deus, uma filha assim nem vale a pena trazer de volta. É só má sorte. A Srta. Leah sozinha teria sido suficiente.”
Apesar das acusações girando ao seu redor, a expressão de Charmaine permaneceu indiferente, distante como se fosse apenas uma observadora do drama se desenrolando diante dela.
"Vocês terminaram?” ela perguntou.
Seu olhar estava sombrio. A pequena pinta vermelha sob seu olho adicionava à sua beleza sedutora. Havia um sarcasmo mordaz em seu tom. "Alguém de vocês estava lá para testemunhar esses incidentes com seus próprios olhos? Ou vocês apenas aconteceram estar escondidos embaixo da cama, ouvindo quando eu supostamente estava brincando com esse lixo? Vocês acham que podem destruir minha reputação com calúnias infundadas?”
Milo zombou com desdém, "Aqueles caras estavam na sua cama, Charmaine. Quem você está tentando enganar?”
Charmaine o olhou e perguntou, "Ah, então você realmente sabe que é um tolo.”
"Você—!”
Ignorando o olhar de Milo, Charmaine se aproximou da cama. Ela se inclinou e pressionou seu polegar com força entre o lábio superior e o nariz do homem.
O homem acordou sobressaltado. Quando viu o quarto cheio de pessoas, ele não pareceu nem um pouco envergonhado. Em vez disso, ele sorriu de forma convencida e disse, "Eu sabia — a Srta. Nelson certamente se saiu bem na cama.”
Charmaine perguntou, "Qual Srta. Nelson você está falando?”
"Bem, obviamente…”
O homem tinha sido pago pelo trabalho. Ele só sabia que a mulher no quarto era a Srta. Nelson. Ele não tinha ideia de qual delas.
Ele não viu ninguém quando entrou, e já havia consumido as drogas que lhe foram dadas. O trio não conseguiu resistir ao efeito da droga e desmaiaram.
Agora, diante de duas jovens - uma orgulhosamente ao seu lado e a outra timidamente escondida atrás - ele olhou entre elas.
Sem hesitar, seu olhar libidinoso se fixou em Leah. Um sorriso repugnante se espalhou por seu rosto. "Srta. Nelson, qual é a timidez? Não estava você implorando para que fôssemos mais rudes?”
A sala ficou em silêncio.
A expressão de Leah mudou imediatamente.
Milo avançou rapidamente e socou o homem até que seu rosto ficasse machucado e inchado. "Maldição! Como você se atreve a difamar minha irmã! Eu vou te matar!”
Alec, com o rosto sério, ordenou à segurança: "Leve-os para a delegacia. Descubra exatamente como eles entraram.”
Neste ponto, Olympia percebeu que havia acusado erroneamente Charmaine.
Sua expressão suavizou ligeiramente, mas seu tom ainda carregava uma ponta de repreensão. Afinal, Charmaine a havia humilhado na frente de todos. Ela já havia sido desonrada.
"Por que está aí parada? Volte para casa comigo.”
Charmaine não se moveu.
A tez de Leah estava pálida. Sua voz era fraca ao se desculpar com Charmaine. "Fui muito impulsiva e fiz com que todos a mal entendessem. Desculpe.”
Charmaine respondeu: "Leah, você diz que eu te odeio, mas você roubou minha identidade, meus pais e meus irmãos. Você viveu a vida que deveria ter sido minha por dezoito anos. Você continua dizendo que vai embora, mas suas ações mostram o contrário e continuam se agarrando à minha família. Diga-me, Leah, por que eu não deveria te odiar?”